O tempo é o mestre dos mortais.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Os Vários Tipos de Amor

Parece-me que podemos, com maior razão, distinguir o amor em função da estima que temos pelo que amamos, em comparação com nós mesmos. Pois quando estimamos o objecto do nosso amor menos que a nós mesmos, temos por ele apenas uma simples afeição; quando o estimamos tanto quanto a nós mesmos, a isso se chama amizade; e quando o estimamos mais, a paixão que temos pode ser denominada como devoção. Assim, podemos te afeição por uma flor, por um pássaro, por um cavalo; porém, a menos que o nosso espírito seja muito desajustado, apenas por seres humanos podemos ter amizade. E de tal maneira eles são objecto dessa paixão que não há homem tão imperfeito que não possamos ter por ele uma amizade muito perfeita, quando pensamos que somos amados por ele e quando temos a alma verdadeiramente nobre e generosa. 
Quanto à devoção, o seu principal objecto é sem dúvida a soberana divindade, da qual não poderíamos deixar de ser devotos quando a conhecemos como se deve conhecer. Mas também podemos ter devoção pelo nosso príncipe, pelo nosso país, pela nossa cidade, e mesmo por um homem particular quando o estimamos muito mais que a nós mesmos. Ora, a diferença que há entre esses três tipos de amor manifesta-se principalmente pelos seus efeitos; pois, como em todos nos consideramos juntos e unidos à coisa amada, estamos sempre dispostos a abandonar a menor parte do todo que compomos com ela, para conservar a outra. 
Isto leva-nos, na simples afeição, a sempre nos preferirmos ao que amamos; e, na devoção, ao contrário, a preferirmos a coisa amada e não a nós mesmos, de tal forma que não hesitamos em morrer para a conservar. Frequentemente se viram exemplos disso, nos que se expuseram à morte certa para defender o seu príncipe ou a sua cidade, e mesmo às vezes pessoas particulares às quais se tinham devotado por inteiro. 

René Descartes, in 'As Paixões da Alma

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Como entender a humanidade?

Se você é calada, as pessoas criticam.
Se você fala, você é criticado pelo que fala.
Se expõe uma opinião ou um gosto diferente da maioria, você é estranha.
Se você quer um tempo pra si, você é antissocial.
Se você não aceita certas propostas, você é careta.
As pessoas pregam a igualdade, mas nem de longe respeitam as diferenças.
Podemos ser estranhos, caretas, taciturnos, antissociais e até egoístas.
Mas se isso nos faz quem somos, então não abriremos mão de nós mesmos.
Um dia terá alguém que ao invés de nos julgar irá identificar-se conosco.

Aline Anne




sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

domingo, 4 de janeiro de 2015

Amizades vem e vão.

Amizades vem e vão.

Nós temos a tendência a achar que algumas amizades irão durar para sempre, temos nossos amigos de infância e ao longo do tempo várias pessoas passam por nossas vidas.

Algumas amizades simplesmente não funcionam!
Não por falsidade, não por competição ou por brigas, pelo contrário.
Eu por exemplo pensava que só o fato de gostar de alguém faria com que uma amizade funcionasse, descobri que não é bem assim.
Há pessoas com quem realmente nos identificamos é algo inexplicável, mas o fato de ser muito parecido com alguém não significa que é algo bem definido ou infinito.
Gostamos das mesmas coisas, compartilhamos os mesmos pensamentos, as mesmas leituras, mas ainda assim há algo que não funciona. Sensibilidade demais? Talvez.
Mas o fato é que a frase: "Nos gostamos demais para sermos amigos ou qualquer outra coisa" faz sentido, eu sei que agora faz. É possivel gostar de uma amizade e gostar de alguém e entender que isso dará certo com a distância e com o não contato.
A frase: Cada um siga seu caminho, nunca fez tanto sentido.
Isso não me deixa triste, pois sei que nós nos gostamos, queremos o melhor pra nós e seremos felizes a nosso modo, onde estivermos e com quem estivermos.

We'll be fine.