O tempo é o mestre dos mortais.

terça-feira, 11 de março de 2014

Limite

Vivo no limite de minha sanidade,
No limite, entre o sim e o não.
Entre a noite e o dia,
Entre o cansaço e a disposição.

Vivo no limite de minha lucidez.
No limite do aceitável,
Do inegável, do improvável,

No limite da minha solidão.

Vivo no limite da noite,
Entre o choro e o riso,
Entre silêncio e o grito,
Entre o afago e o açoite.

Vivo no limite de todos os meus limites.
Na linha tênue das minhas opiniões,
Bradando o não, pensando no sim,
Querendo o sim, contando com o não.

No limite das horas,
Entrando mais tarde,
Saindo mais cedo,
Fazendo alarde,
Chorando de medo,
Dando meus foras.

Reclamo do que tenho,
Desejo o que não tive,
Murmuro meus lamentos,
Nos lugares d'onde estive.

E caminho feito louco,
à procura da morte,
à procura d'um norte,
à procura da paz.

E vou morrendo aos poucos,
Sentindo minhas dores:
O meu cigarro, a saudade
e meus amores.

Autor Desconhecido*

quinta-feira, 6 de março de 2014

VAGA-LUMES
[Clarice Freire]



Em uma cidade antiga, muito antiga, de quatro ou cinco casas antigas, muito antigas, ela resolveu fugir da cama.
Esperou anoitecer, até as paredes dormirem para sair. Correu como quem ama.
Se soubesse para onde ia, não seria ela.
Simplesmente foi, porque a vontade de sentir o vento frio no rosto,
a consumia feito vela.
O chão de pedra gelada nos pés sem sapatos. Nos olhos, o escuro.
Tinha alguma coisa naquela noite que a chamava pela janela e ela foi. Por cima do muro.
Se não tivesse ido, não seria ela.
Se não tivesse ido, seria morta.
Foi correndo pelo escuro sem saber aonde dava a viela,
E a estrada torta.
Tão escuro era, que esquecia como era a luz.
Corria, corria, corria e, de repente,
esqueceu o que era o dia.
Percebeu aos poucos que a viela era tomada por vaga lumes. Dezenas, centenas deles.
Não eram capazes de alumiar a noite em dia com seu brilho raro.
Mas a fez lembrar,
Como era o claro.
E saber por que, afinal, fugiu da cama.
É que a cidade não entendia, a agonia de quem Ama.
E da noite faz cantiga.


É que dizem que o Amor é coisa antiga,
Muito antiga.

domingo, 2 de março de 2014

Para Deus nada é impossível.Nós é que sempre limitamos nossa fé. E como ele é um Deus que nos respeita e nos deu o livre arbítrio. Seu amor é tão grande que ele ainda diz: "Filho Confia mais em mim".
Porque acredite ele só irá fazer o impossível quando pararmos de apenas citar o que ele pode fazer e começar a crer que ele realmente faz. Eis a beleza da Fé:Não podemos ve-la, mas podemos senti-la a partir do momento em que acreditamos em algo que não estamos vendo.
Não importa o Tempo nem as circunstâncias.
Precisamos crer!

Aline Anne