O tempo é o mestre dos mortais.

domingo, 20 de setembro de 2015

o amor, às vezes, é um pássaro ensaguentado, à beira da morte, que encontramos no meio da neve, e perdemos todas as dimensões de tempo e distancia pra cuidá-lo e curá-lo, impensavelmente mesmo que todo sacrifício venha a ser em vão no final…
o amor, às vezes, é uma nuvem negra que surge quando tudo o que precisamos é de chuva forte, e nem sempre nos damos conta do quanto estivemos secos e sem vida em nossas clausuras infecundas, frias e empoeiradas…
o amor, às vezes, é como despertar num domingo de manhã com a preocupação de atraso, e então nos damos conta que está tudo bem, pois podemos ficar quanto tempo quisermos, porque não precisamos sair, pois não há lugar melhor do que onde estamos…
o amor, às vezes, é tão pequeno a ponto de levarmos pra todo canto, e grande o suficiente pra que nossas vidas o orbite sem que venhamos a cair, porque o amor é como um orvalho que salva a flor, e nele se refletem o céu e todas as constelações de andrômeda.
amor é sei lá o quê e nem sei pra onde, nem como, nem bebo, nem cuspo. apenas me assusto quando chega tombando os trincos, e agarro às cegas, olho, beijo, unho, pra não deixar assim por vir e partir, porque amar também é um rasgo, um bocejo, e entender que nem sempre devemos ter por onde ir.
[Annd Yawk]

terça-feira, 15 de setembro de 2015

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente.
Clarice Lispector