O tempo é o mestre dos mortais.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Quando meus olhares não distinguem o respirar da vida, para além do
horizonte azul, prefiro recolher-me. E, ainda que pareça uma atitude de
auto-suficiência, acredita que não é bem assim. Sei que me demoro e me concentro
em minhas dores. Vezes, apática, remoo-as, como se elas pudessem alimentar-me
dos meus hiatos; vezes, dispersa e indiferente, como se elas não acontecessem e
nem fossem parte de mim; vezes, guerreira tentando superar-me através de
atitudes e menos reflexões.
Acho que despendo muita energia neste caminhar
por mim mesma. E parece que sempre busco as estradas mais longas e que nem
sempre me levam a qualquer destino. Deambular pelo que não sei de mim, tornou-me
meu trajeto favorito...embora isto possa me trazer algum crescimento, afasta-me
também de um presente que não me espera, enquanto não sei o que fazer de
mim.
Queria apenas que soubesses que estás e continuas em mim, mesmo quando a
minha palavra não te chega...
Fernanda
Guimarães

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