O tempo é o mestre dos mortais.

domingo, 8 de dezembro de 2024

 O desejo da morte, quieto e sereno,

Sussurra nas sombras do peito cansado,
Não é um grito, mas um suspiro amargo,
Uma saudade que não sabe o que busca.

É o peso do tempo, arrastando os passos,
Uma ânsia silente por fim e descanso,
Onde o corpo se curva, e a mente se cala,
Na promessa de paz que o esquecimento traz.

Mas, nas profundezas do querer sombrio,
Sabe-se que a morte não é alívio,
É o eco do que se perdeu, do que não foi,
Uma despedida do que se era, mas nunca se tornou.

No olhar vazio que a noite oferece,
Há o desejo de transcender, de se ausentar,
Mas será que a morte é o fim ou o começo?
Ou talvez seja apenas um novo despertar?




Nos corpos entrelaçados, o tempo se perde,
Cada toque é um segredo que o silêncio decifra,
Os dedos exploram com ternura e desejo,
E os sussurros se tornam canções, suavemente ritmadas.

O calor cresce, se mistura em um abraço,
Onde o ar se torna espesso, quase intangível,
Nos olhares, promessas sem palavras,
E o beijo é um convite à rendição mais doce.

O amor se faz em cada suspiro profundo,
No jogo das línguas, nas mãos que se procuram,
E os corpos, sem pressa, se conhecem,
Em um ritmo que vai além da carne,
Tocando a alma, revelando o mais íntimo.

É na fusão de ser e estar,
Que nos encontramos inteiros e frágeis,
E entre os lençóis, o amor se reescreve,
Em um poema único, sem fim, sem razão
.


Que Deus me ajude a enxergar certas coisas como vulgar ao invés de poéticas


 Me fita que eu gosto de me enxergar

Por dentro do teu olho

É tão bonito de lá

Tem cor de Marte

E teletransporte

Pra galáxia que mora em você

Me passeia que eu gosto de arrepiar

Sob sua digitais

É impossível calar

É feito sorte

Me abraça forte

E tateia todo meu caminho

Me prova, me enxerga, me sinta, me cheira

E se deixa em mim

Me escuta no pé do ouvido

Todos teus sentidos

Que afetam os meus

Que querem te ter

Que tu me escreveu

E mais uma vez

Me beija que eu gosto da tua textura

Do teu gosto frutado

Sorriso colado

O compasso acertado

O ritmo acelerado

Encaixado no meu

Me prova, me enxerga, me sinta, me cheira

E se deixa em mim

Me escuta no pé do ouvido

Todos teus sentidos

Que afetam os meus

Que querem te ter

Que tu me escreveu

E mais uma vez

Encontro lar

No perfume da tua nuca

Na curva do teu ombro

E no teu respirar

Nas tuas pernas

Nas mãos, teu cabelo

E no cheiro do beijo

Que faz tu grudar

Me prova, me enxerga, me sinta, me cheira

E se deixa em mim

Me escuta no pé do ouvido

Todos teus sentidos

Que afetam os meus

Que querem te ter

Que tu me escreveu

E mais uma vez

Me prova, me enxerga, me sinta, me cheira

E se deixa em mim

Me escuta no pé do ouvido

Todos teus sentidos

Que afetam os meus

Que querem te ter

Que tu me escreveu

E mais uma vez

Me bordou


Cor de MarteAnavitória

quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

 Ela


Ela sempre quis ser poesia escrita por alguém , com palavras belas , puras e sinceras e recebeu nome de carente.

Ela só queria ser a flor mais irradiante no jardim de alguém e recebeu nome de dramática.

Ela só queria ter a beleza que os grandes poetas faziam questão de descrever em seus poemas, mas recebeu piadas e criticas.

Ela só queria que a amassem na mesma intensidade que ela era capaz, mas recebeu nome de infantil.

Ela só queria um soneto em seu nome, mas recebeu textos do quanto ela era indesejada.

Ela só queria ler sobre planos de futuro que estivesse incluída, mas recebeu um "não há espaço".

Ela só queria ouvir uma música dedicada em seu nome, 

Ela só queria conversar, mas não foi ouvida,

Ela queria flores e recebeu espinhos.

Ela queria ouvir coisas boas a seu respeito e só ouviu julgamentos.

No fim tudo o que sonhou virou pesadelo, ela não passava de alguém para se relacionar em um verão qualquer.